quarto abandonado por causa do alagamento |
Janeiro começou cheio de esperanças e com isso, a ansiedade veio, se acomodou e não quis mais ir embora. Por causa do trabalho, não consegui fazer nada no primeiro dia de dois mil e vinte e três e no dia dois eu já comecei a trabalhar no meu novo emprego. Até hoje acho estranho falar isso em voz alta: "meu emprego", "meu trabalho", eu nunca tive isso. Sempre trabalhei com a minha família. Quando me perguntavam o que eu fazia, eu dizia que trabalhava com os meus pais.
choveu nada em janeiro. |
indo tomar um café num domingo de manhã. |
ganhei esse diário matinal da minha mana ♥ |
veio com essas canetas e alguns adesivos, numa embalagem bem fofa! |
Sobre o trampo (de novo)
Eu demorei um tempo pra me ajustar. Nem sei se posso dizer que me ajustei. Acho que foi apenas deixar de ser novidade e não ser aquela coisa que dá medo porque você não sabe de nada. Essa sensação passou no meio mês. O ambiente é bem tranquilo. Só trabalho com mais uma pessoa e ela é bem legal, paciente e dá pra ver que tem um bom coração (e grandão, porque tá sempre ajudando todo mundo). Minha chefe trabalha home office e o marido na rua, visitando os clientes. A gente só se fala por whatsapp, mas sempre fico nervosa quando eles aparecem no escritório. Eu passo o dia todo sentada em frente do computador, numa sala com ar condicionado e banheiro. Trabalho das 8h às 17h00, com meia hora de almoço, de segunda à sexta. Acho que melhor do que isso eu não poderia encontrar.
passarinho adotado que apareceu no trabalho. |
mais um mês = mais um caramelo macchiato. |
café vegano com as primas no Café Maria Flor |
Randomidades
Apareceu um passarinho no antigo trabalho (que eu ainda vou todos os dias, às cinco da manhã) e o adotamos. Minha mãe está felicíssima ~ ela tem um fraco por passarinhos ~ Em um dos domingos, fui na cafeteria pra tomar meu caramelo macchiato e escrever nas morning pages. No último sábado do mês, consegui me reunir com as minhas primas. Foi o nosso primeiro encontro do ano! E fiquei muito feliz em poder conversar com elas. Eu adoro nossos cafés, são sempre cheios de desabafos que fazem bem pra alma. Inclusive, foi nesse dia que eu percebi o quão infeliz eu estava com o trabalho.
Lost soul
Como comentei lá em cima, não acho que eu poderia ter encontrado um trabalho mais tranquilo que esse. Claro que tem seus momentos de correria e estresse, como em qualquer lugar. Mas o problema pra mim, é a rotina. Eu me sinto como o ratinho na roda, correndo pra lugar nenhum, sem esperança de que alguma coisa mude. Os dias passam e tudo é cinza e sem graça. Até os finais de semana, que deveriam ser animadores se tornam apenas os dias que precedem a segunda-feira. Eu já não sinto nada e ouso dizer que se eu for atropelada, nem vou perceber, porque nada parece ser forte o bastante pra eu sentir algo de novo. Descobri à pouco tempo que pode ser despersonalização, ou lost soul ~ que acho mais poético (ou burnout, estresse, depressão... opções não faltam).
É nessas horas que eu vejo como aquelas frases escrachadas são a mais pura verdade: "Fazer o que a gente gosta", "priorizar nós mesmos", "escolher ser feliz". Eu tenho ciência que a minha infelicidade no trabalho é totalmente pessoal. Não é o trabalho em si, ou o ambiente tóxico ou alguém que fez algo que me deixou mal. Sou eu. Eu que me sinto deslocada porque vai contra os meus valores. E cada um tem os seus. E a gente só percebe isso quando vive uma situação que vai contra eles. No fundo eu já sabia porque eu sei que prezo muito a liberdade e independência. Mas eu achei que poderia ficar lá por um tempinho, até juntar uma grana. Foi legal receber o primeiro salário, receber alimentação, transporte e até uma cesta básica. Mas nada compensa a dor de perder a alma. Pela primeira vez na vida eu acho que se for pra continuar vivendo assim, eu prefiro não viver mais. Eu já me sinto morta por dentro. Então, a minha meta no momento é conseguir sair do trabalho :(
The office alternativo
Pra não terminar essa postagem muito deprimente, segue o que eu andei assistindo: comecei Abbott Elementary e achei a proposta interessante porque me lembra The Office, só que mais levinha. Não é nada super incrível, mas é bonitinho. A protagonista Janine, é daquelas pessoas positivas que tenta ver o lado bom de tudo e se anima sempre que presencia uma fagulha felicidade. Tá sendo bom bom pra minha saúde mental:
Os filmes Hallmark continuaram passando por aqui, mas sem nenhum favorito: Autumn in the City, porque gosto da atriz principal, A Big Fat Family Christmas que eu quase não consegui terminar de tão chato, My One True Love, que não é da Hallmark (mas tem o mesmo estilo) e Wedding Season que é da Netflix ~ e também sem graça (mas não vá muito na minha, porque eu não estou confiável pra palpitar nada):
* Todas as fotos pessoais foram editadas com os filtros disponíveis na lojinha *
Digam aí o que fizeram de bom em Janeiro!
Até a próxima ♥