Outubro é sempre um mês conflituoso pra mim. É quando o inverno vai embora, é quando  tem o Halloween, e é quando eu fico sempre um ano mais velha. Aí fico mais introspectiva e com a sensação de que o ano já acabou e eu não fiz nada. Então, prepare-se para um textinho deprê:

Nesses últimos anos, estou tendo que lidar com situações nunca vividas (e não é no bom sentido). Isso favorece a minha tristeza, raiva, ansiedade... me sinto como uma bomba relógio, que está há uma faísca de explodir. E eu tento me controlar, eu juro. Mas parece que o universo anda contra mim (e pra muita gente, eu sei que não sou só eu que estou passando por perrengues). Mas sei lá, parece que antes a vida era mais fácil. Os problemas não eram tão torturosos assim. Talvez porque eu cresci, virei "adulta" e hoje vejo a realidade sem filtros. Mas é assim que eu ando vivendo: ignorando tudo de ruim e fingindo que está tudo bem. Porque é isso que os adultos fazem, não é?

Como fiquei mais velha, ganhei muitas mensagens lindas de pessoas que se deram ao trabalho de me parabenizar. Pode parecer bobo, mas hoje em dia, ser lembrado é raridade. Então sou grata pelo mínimo de atenção que recebo. E pelos presentinhos, é claro!

Algo bem diferente e legal que aconteceu foi que aluguei um Airbnb pela primeira vez com as minhas primas. Foi só pra um final de semana. Mas foi tão bom sair da rotina e ver que tem vida fora da minha própria vida. É nessas horas que eu percebo como o mundo ainda é bonito. Passamos dois dias conversando e comendo como se não houvesse o amanhã. Foi perfeito!

No último domingo do mês, eu fui no chá/aniversário da minha prima e foi bem interessante pois me fez sair completamente da minha zona de conforto, por ir numa festa onde eu não conhecia a maioria dos convidados. Me mostrou como eu posso ser sociável quando quero. Mesmo que eu me sinta bem burra perto das pessoas que vivem no mundo corporativo.

E por aqui, eu finalmente criei coragem e escrevi um textinho pra minha miga que agora está no céu. Ainda choro quando leio a última frase do post. E dá uma pontada no peito sempre que vejo uma foto dela. Luto é uma dor que demora pra passar mais do que eu imaginava (se é que um dia passa).

Continuo ouvindo os mesmos artistas, porque eu ando na mesma vibe. Música tem muito a ver com o que ando sentindo no momento. Quando estou feliz, escuto aquelas músicas animadinhas, perfeitas pra um domingo de manhã. Quando estou triste, eu só quero deitar na cama e ruminar meus problemas. Essas andam sendo as companheiras pros meus pensamentos melancólicos:

Conheci um seriado muito maravilhoso chamado Chesapeake Shore. É produzido pela Hallmark e tem aquela vibezinha leve, com romances bobos, que se passa numa cidadezinha do interior onde todo mundo é legal. Perfeito pra esquecer da triste realidade que vivemos! É uma pena que já acabou (só tem 6 minúsculas temporadas). Mas é pra isso que servem as reprises, certo?!

Digam aí como foi seu Outubro e quais travessuras vocês aprontaram no Halloween?

Até a próxima ♥

 

Entrei rangendo o portão. Parei pra te ver por detrás do vidro turvado enquanto ouvia o tilintar das patinhas descendo as escadas, contrariando a lógica da realidade.

Esses dias sonhei que você tinha voltado como se nada tivesse acontecido. Como daquela vez que você fugiu e reapareceu três dias depois, saindo por debaixo dos arbustos e correndo em minha direção, quase me dizendo o quanto sentira a minha falta. Não sei como, mas eu te entendia e eu sei que você sentia o mesmo.

Quando te conheci, você estava miúda no canto do carro. Uma bolinha de pelos de quatro meses que tremia sem parar e me observava com as pupilas dilatadas. Eu logo me senti na obrigação de te proteger. Pouco tempo depois, foi você que virou cuidadora. Me consolando enquanto eu chorava de raiva ou pulava de alegria.

 

mini Lika

 

última foto decente 06/2022

Até a próxima ♥

 

 

fotografando com a 50 mm pra ver se me animo.

 

Eu não queria relembrar deste mês. Setembro me fez passar por acontecimentos que eu ainda não consegui superar. Por isso, ainda não tenho como escrever sobre. É só o que consigo dizer sem começar a chorar.

Apesar do trágico acontecimento citado acima, teve a festinha de 4 anos da minha sobrinha. Que me forçou a sair de casa e socializar logo após a bendita tragédia. Foi difícil porque ~ obviamente ~ eu preferia ficar sozinha em casa. Mas acredito que foi bom pra mim e pra toda a minha família, que pôde se reunir de novo depois que nos despedimos da chácara. Eu consegui conversar, tirar algumas fotos e até me divertir, como se eu estivesse vivendo num mundo paralelo. Foi bom saber que essa versão da Claudinha ainda está em algum lugar dentro deste triste corpo. Só me exige um bocado de força psicológica pra desencadear esse meu lado feliz.

Também teve algumas saidinhas com as minhas primas. Não tantas quanto no mês passado. Mas foi tão bom e tão importante quanto. Terminei o mês tomando a quarta dose contra a covid e pra variar, quase morri. Ainda bem que eu já conheço a bichinha aztrazeneca e tomei na sexta, pra passar o final de semana morrendo de boas.

Eu ainda estou ouvindo Dirty Honey e Another Last Time anda sendo a minha música preferida. É melancólica e tem riffs que ficam na memória, do jeitinho que eu gosto! Esses dias li a biografia da Lily Allen e fiquei com saudades das suas músicas. Gostava tanto dos primeiros cd's dela. Da forma como ela se vestia, como ela se apresentava. Espero que um dia ela volte a fazer músicas fofinhas com letras escrachadas:

 

 

Finalmente assisti um filme que gostei! About Fate é um romancezinho engraçado e previsível que tinha tudo pra dar errado. Mas graças as atuações e personagens cativantes, virou um longa gostosinho daqueles que aquece nossos corações. Tem a Emma Roberts, que eu gosto porque sempre me identifico com as suas personagens e o Thomas Mann, que tá muito fofinho:

 

Terminei de reassistir Young & Hungry e agora eu estou meio perdida, tentando assistir algum seriado que me foi recomendado. Mas vejo de cara feia. Julgando tudo e todos. Acho que desisti de procurar e parei em Business Proposal. Foi difícil ver tanto slow motion e aceitar a idolatração por uns caras que eu não vejo a menor graça. Mas depois do sexto episódio, consegui engolir e até curtir a história. Tudo certo se nada estiver errado:

 

 * Todas as fotos pessoais foram editadas com os filtros disponíveis na lojinha *

 

Me contem as novidades do lado daí!

Até a próxima ♥

 

Estou escrevendo essa postagem no dia oito de Setembro porque a criatividade me abandonou há um bom tempo. Agosto, foi o mês que eu comecei outro projetinho pra tentar ganhar alguma grana. Por isso, eu parei de fazer qualquer outra coisa. Inclusive dar atenção ao blog (por isso eu só postei o resuminho de Julho e saí correndo). Felizmente com ajuda das fotos no rolo do celular, eu consegui puxar alguns momentos bons. Porque sempre tem. Só tá sendo difícil focar neles...

Com a minha falta de criatividade, não tive forças nem pra fotografar. As poucas fotos que aparecem nessa postagem, são as preguiçosas fotos de celular. Mas apesar de tudo, eu acho que consegui sair bastante. Sozinha ou com as minhas primas. Fiquei feliz em rever uma delas, que não via há quase dois anos!

Como comentei no resuminho anterior, eu voltei a ouvir muito rock. E acabei conhecendo uma banda muito, MUITO boa chamada Dirty Honey. Que tem um estilo bem rock'n roll, meio Aerosmith/Guns n' Roses vibes. Os caras são o pacote completo: talentosos, músicas com riffs contagiantes e ainda são estilosos! Segue um showzinho completo pra você se apaixonar também:

Basicamente esse foi o meu mês. Sobrevivi engordando e assistindo filmes da Hallmark. Porque nem pra assistir filmes de conteúdo (que exijam alguma quantidade de neurônio) eu estou com cabeça. Conheci uma série de filmes com a Lacey Chabert, que é meio policial, mas bem levinha chamada Crossword Mystery:

Durante a semana eu continuo revendo os episódios de Young & Hungry. Que me permitem esquecer um pouco da minha ansiedade e insatisfação com a vida. No youtube, eu fico revendo alguns takes de Brooklyn Nine-Nine e tentando encontrar um canal de daily vlogs que eu me identifique. Acredite, é uma tarefa árdua. Por enquanto só estou assistindo o Flying the Nest, que é um casal (e sua filhinha fofa Hunter) que fazem vlogs de viagem. Meus preferidos são quando eles vão para os parques da Disney ou passam alguns dias no cruzeiro. Por isso, o vídeo abaixo é um dos meus preferidos: um cruzeiro da Disney!

* Todas as fotos pessoais foram editadas com os filtros disponíveis na lojinha *

Digam aí como vocês sobreviveram em Agosto?

Até a próxima ♥

o famoso gran gateau, que não achei tão gran assim. mas muito delícia! | by paris 6

O que está me ajudando a sobreviver é ouvir música. Principalmente shows e apresentações ao vivo. Voltei a escutar muito rock: AC/DC, Offspring, Foo Fighters (que nem sou fã, mas tenho um carinho muito especial pelo Dave Growl).

Também ouvi Arctic Monkeys e relembrei percebi como Mardy Bum é uma das músicas mais contagiantes que eu já ouvi na vida (e ainda tem uma letra muito fofinha). Isso me levou a outro vídeo que eu não fazia ideia que existia e mostrou a 'amizade' de Alex Turner + Trey, o apresentador do Iheartradio. E me deu vontade de ter uma banda e ser uma Alexa Turner ou qualquer outro vocalista esquisitão que não sabe e não quer aprender a socializar com ninguém. E só tá lá pra fazer o seu trabalho: tocar música.

Esses dias também descobri que o Jamie Campbell Bower entrou para o elenco de Stranger Things. Só que ele é um vilão irreconhecível. Daí só me sobrou assistir suas entrevistas com o elenco da série. Que me levou a conhecer o Joe Kerry, que achei fofo, mas perturbador, porque na série ele é um adolescente. Mas descobri meio sem querer que ele já tem 30 anos. Então não é tão errado eu ter uma queda por ele, não é?

 

Por causa de tudo isso, eu fico pensando em assistir Stranger Things, mas eu não tenho condições psicológicas pra vivenciar suspenses de graça. Então, por enquanto, eu só fico nas entrevistas e babando com o cabelo do Steve/Joe:

 

No começo do mês lançou um seriado que eu queria muito assistir chamado Maggie. Achei o plot interessante, porque a protagonista é uma psíquica! Infelizmente as historinhas dos episódios deixam muito a desejar e as partes engraçadas são meio forçadas. Só terminei por ser curto e não ter nada melhor pra assistir:

Como a série acima acabou rápido, estou reassistindo Young & Hungry. É outra série bem bobinha, que eu fico irritada com a protagonista. Mas gosto muito da Little Soso. Essa cena define bem o motivo:

* Todas as fotos pessoais foram editadas com esses filtros *

Como passaram as 'férias' de Julho? Vocês também se apaixonam por personagens fictícios?

Até a próxima ♥

 

Queria tanto que Junho terminasse. E agora que acabou, eu nem sei por quê eu queria que acabasse. Culpo a minha ansiedade, que anda na crista da onda assim que desperto. Dia após dia. De segunda a segunda. Até nos domingos, quando eu posso dormir até mais tarde. É aquela companheira que nunca me abandona.

(spoiler: o parágrafo abaixo contém uma quantidade exorbitante de negatividade e pode desencadear sensações ruins. Não leia se você não estiver bem ou não quiser se sentir mal. resumindo: é melhor não ler)

Eu ando desanimada, desmotivada, triste, melancólica, depressiva. Não gosto dessa palavra, mas por fim, eu estou depressiva mesmo. É difícil pensar que cheguei nesse ponto da minha vida e que não é só uma tristeza passageira. É uma total falta de força física e emocional para continuar fazendo as coisas que eu não quero mais. TODO santo dia. E sempre que chega o domingo, essa depressão aumenta. E na segunda-feira eu só tenho vontade de gritar e fugir e ir morar embaixo da ponte. Porque mesmo que "desconfortável", pelo menos não é sufocante. Mas cá estou eu, vivendo como mais um adulto do século XXI.

Eu não sei como, mas a Lika melhorou muito! Se olhar com atenção ela ainda manca. Mas ela está bem mais disposta! Está correndo, falando latindo, pulando, chorando por palitinho... não faço ideia do que aconteceu e obviamente não sei por quanto tempo isso vai durar... só aceito e agradeço.

Esse mês eu finalmente decidi que precisava sair mais de casa. Pra ver pessoas e o movimento lá fora. E não ficar totalmente isolada dentro de casa, como um vampiro que teme a luz do dia. E comecei pelo lugar mais natural pra mim: cafeterias. Todo final de semana eu saí pra ir em algum café (na verdade eu só fui uma vez num lugar diferente), pedir um Caramel Macchiato e escrever nas minhas morning pages. E foi muito bom! Mas também percebi que mesmo saindo de casa, eu tenho a destreza de me fechar no meu mundinho. Bloqueando qualquer tentativa de interação externa. O que vai contra a ideia de sair e socializar mais. O único contato que eu tenho é com o atendente e o motorista do uber.

 

O que me levou a pesquisar no google: como fazer amigos depois de adulta. Que me levou para o canal de um cara [Matthew Hussey] que dá dicas de relacionamento. E que abriu a minha mente social. Nesse vídeo ele sugere sermos 10% mais pró ativos. Vai falar com o atendente? Seja 10% mais ousado e fale mais, pergunte mais. Olhos se cruzaram com uma pessoa aleatória? Olhe de novo, de novo. Mais uma vez. Olhe 10% a mais do que você olharia. E se seus olhos cruzarem novamente, dá um oi! Um aceno com a cabeça. Dê um elogio e faça o dia de alguém. É isso que eu vou tentar fazer. Porque o mundo já tá tão triste, tão difícil. Por que não aproveitar o momento para ser a luz que alguém precisa? E talvez isso me anime e eu pare de ser tão negativa perante a minha vida.

Esse mês eu me apaixonei por músicas que eu já tinha cruzado milhares de vezes. Sei lá por quê, às vezes eu tenho um delay pra gostar das coisas. Vance Joy é a bola da vez nas minhas playlists. Queria saber compor como ele. Tocar violão como ele. Cantar como ele! Mas como não tenho essa habilidade, vamos só apreciar a sua arte:

Também conheci She's All I Wanna Be, da Tate McRae que tem uma vibe que me lembrou da Avril Lavigne no seu primeiro disco Let's Go. Tem uma cara "jovem animadinha rebelde" que dá vontade de dançar no quarto com as amigas. Igual naquele filme De Repente 30:

Graças à minha ansiedade eu não tenho mais paciência pra ver um filme inteiro. Eu pulo partes, muitas partes. Tanto que eu perco o interesse que já nem existia no começo e acabo passando mais tempo procurando o que assistir, do que realmente assistindo algo. E quando assisto, é reprise. Porque reassistir é mais confortável e o risco de não gostar é zero.

E falando em reassistir, depois de rever por incontáveis vezes esse compilado de #quintis, eu resolvi rever Scorpion durante a janta. E como minha vida se resume a shippar casais fictícios e desenvolver amores platônicos por atores carismáticos, eu ando vendo alguns compilados de #olicity (Oliver Queen e Felicity de Arrow), porque uma amiga me indicou a série. Como eu ando sem paciência, os compilados são uma boa opção pra shippar sem nem ver a série de fato. Recomendo se você quiser se sentir ainda mais sozinho:

 

Me diz qual foi a boa do seu mês e que casal fictício você shippa mais do que um sorvete no verão?

Até a próxima ♥

 

Eu contei. Maio teve cinco domingos. E mesmo com essa quantidade atípica de "dias de descanso" eu senti que não descansei coisa nenhuma. Tive febre no estômago (isso existe?!), fui conhecer a casa do meu primo, que se mudou durante a pandemia e eu só pude revê-lo depois de dois anos, finalizei um vídeo muito especial depois de duas semanas de trabalho intenso [dear chácara], fui numa lanchonete vegana pra me despedir da minha prima que vai ficar um tempo fora e finalizei o mês com um novo projeto, que anda tomando grande parte do meu tempo. Mas que pelo menos me trouxe a esperança de viver uma vida mais feliz (eu sou brasileira e não desisto nunca!).

Lika parece que melhorou. Ela anda bem mais disposta e com uma carinha melhor. Só que durante a semana que fez frio, ela usou roupinha todos os dias. E só quando fui tirar que vi o bumbum dela todo sem pelo :( Minha teoria é que a parte da costura incomodava. Aí de tanto coçar e morder parece que alguém passou aquelas maquininhas pra aparar todo o pelo :/ 

Tem um monte de links legais e inúteis. Mas que me trazem um suspiro de alegria naqueles dias cinzas em que a gente só quer fugir da nossa realidade. Como essa introdução perfeita no filme da Lara Croft, a Erin do The Office, toda fofinha como hipster, esse compilado de #quintis que é vergonhoso dizer o quanto eu gosto (mas que eu tenho um carinho duplo que você vai entender mais abaixo) e esse repórter profissionalíssimo mostrando o sketch de um ladrão:

 

Como comentei nos últimos resuminhos, eu estou viciada em Kids Baking Championship. E nesse mês eu assinei o Discovery + (com um cupom que me deu 100% de desconto). Então eu consigo assistir todo santo dia um episódio durante a janta.

Fora isso, eu assisti o filme de romance da Victoria Justice, A Perfect Pairing que saiu da Netflix. E é bem... chato. Os roteiristas padronizaram as protagonistas desses filmes porque elas são sempre iguais: decididas, bem sucedidas, extrovertidas e idolatrada por melhores amigas e colegas de trabalho. E eu não me identifico nada com elas. Pra mim acaba ficando até meio irritante ver sempre a mesma personagem, só que em histórias diferentes:

 

É um título pretensioso, mas mais real do que eu gostaria de admitir. Ultimamente essas músicas têm sido como um abraço quentinho pra minha alma, que está despedaçada e cansada de sofrer. Como comentei acima, aquele vídeo de #quintis não é só porque shippo muito o casal (ou por eu estar solteira), mas por causa da música [Winter Aid - The Wisp Sings] que é tão linda e tão triste, que dá vontade de abraçar a música (se ela fosse palpável):

 

 

Também voltei a escutar Noah Cyrus que fez uma parceria linda com PJ Harding, onde juntos criaram uma obra de arte que faz qualquer pessoa com o coração partido se identificar. E não digo isso só para os amantes, já que dor no coração não é só para casais apaixonados (eu e minhas referências de casais. acho que tô no clima do dia dos namorados)...

 

 

Me conta como foi o seu mês de Maio!

Até a próxima ♥

Beija-flor. Era o nome que a gente usava para os poucos que ainda não conheciam o lugar. A 'chácara' fazia parte da família toda e, desde que me lembro por gente, todo domingo era dia de ir pra chácara. Era onde a gente encontrava os tios e primos pra almoçar e fofocar sobre a semana que passou. Era onde todas as festinhas e eventos familiares aconteciam. Aniversários, chás de cozinha, de bebê, casamentos, e o evento mais esperado do ano: o Natal.

O dia vinte e cinco de Dezembro era o nosso Torneio Tribuxo. Vinha gente de todos os cantos. Gente que não víamos desde o Natal passado. Gente que nunca vimos na vida. Mas lá estavam todos pra aproveitar o banquete e participar do nosso torneio. Que era o bingo. Enquanto os meninos jogavam bola, o restante do pessoal marcava seus números nas cartelinhas de papel.

Foi lá que eu cresci e me desenvolvi. Foi onde eu aprendi a nadar, a andar de skate, a patinar, a jogar vôlei e futebol. Foi lá que eu e meus primos fizemos da casinha, o nosso clubinho. E era onde fazíamos apresentações e dançávamos chiquititas num palco que ficava desmoronando. Era onde a gente conseguia deitar no campo pra ver as estrelas e apreciar o silêncio, compartilhando os nossos pensamentos mais profundos. A chácara não era só um lugar pra festas e eventos. Ela era a nossa cola. O motivo que manteve nossa comunidade unida e conectada por tantas décadas.

 

 

 

A chácara cresceu e envelheceu com a gente. E mesmo cada um tendo tomado o seu rumo, era reconfortante saber que a qualquer momento podíamos voltar para os braços da nossa querida chácara. Mas fazem dois anos que não temos mais o Natal e quase ninguém está indo por causa da pandemia. É doloroso reconhecer que é hora de nos despedirmos pela última vez deste lugar. Obrigada por tudo chácara. Por todos os momentos que você me proporcionou e por fazer parte de toda a minha vida. Você sempre estará nas minhas melhores memórias.

 

Até a próxima ♥