O terceiro mês de dois mil e dezoito passou na minha frente e eu nem vi. Fiz tudo no automático e nem sei descrever se foi um mês bom, ruim ou mais ou menos. Ando bem preguiçosa, mas participei de um chá de cozinha surpresa de uma pessoa muito especial e ainda deu pra aproveitar o feriado do dia 30 viajando pra Minas Gerais. Foram poucos dias, mas o suficiente pra curtir pessoas queridas e compartilhar refeições dignas de um banquete medieval.









A rotina por aqui tem sido: acordar, descer escadas, ir trabalhar, voltar pra casa, subir escadas, tomar banho, descer escadas, jantar, subir escadas e dormir. Nesse meio tempo, consegui editar esse vídeo/vlog:


Pelo menos consegui escrever umas postagens que eu gostei bastante, como o Renovando o Guarda Roupa e Mudanças. Teve também uma Lanchonete Geek, Filmes Assistidos e o Resumo de Fevereiro. Ah e alguém reparou que mudamos de layout? Na verdade foi mudança de cores, porque eu já não me identificava mais com o roxo/lilás. Estou numa vibe de tons terrosos e queria passar isso por aqui. Gostaram?

O Príncipe do Natal (A Christmas Prince)

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A jornalista Amber recebe a missão de cobrir a coletiva do Príncipe Richard. Só que ela acaba conseguindo muito mais e se infiltra no castelo para descobrir a verdadeira história da família real. Com Rose McIver e  Ben Lamb.

Apesar de eu gostar desses tipos de filmes românticos bobões esse eu não achei nada legal. Não tem nada bom sabe? Os atores são chatos, a história é chata, atuações sem graça. Chato, tudo muito chato.

Scooby-Doo e A Maldição do Monstro do Lago (Scooby-Doo - Curse Of The Lake Monster)

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Durante as férias de verão, Fred, Velma, Daphne, Salsicha e Scooby-Doo, arranjam trabalho num resort onde um estranho monstro do lago ataca os hóspedes. Com Hayley Kiyoko, Kate Melton, Nick Palatas e Robbie Amell.

A história é até interessante, mas os roteiristas pisaram na bola e deixaram tudo muito superficial, focando no romance do Fred e da Daphne e no Salsicha e Velma. Deixou de parecer as histórias do desenho.

Snoopy & Charlie Brown - Peanuts: O Filme (The Peanuts Movie)

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Charlie Brown e sua turma começam o ano letivo com uma nova colega, a garotinha ruiva, por quem Minduim logo se apaixona. Enquanto isso, Snoopy enfrenta seu inimigo, o Barão Vermelho. Com (vozes) Noah Schnapp, Alexander Garfin Linus, Anastasia Bredikhina, Bill Melendez e Hadley Belle Miller.

Nostalgia pura pra quem assistia os poucos episódios que passavam na tv. Dá pra perceber que não é só um filme, mas uma homenagem feita com muito carinho pra todos os fãs de Charles M. Schulz.

Perdido em Marte (The Martian)

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Devido a uma tempestade durante uma missão em Marte, o astronauta Mark Watney é dado como morto e precisa encontrar meios de sobreviver no planeta vermelho poucos recursos, suprimentos e sozinho. Com Matt Damon, Jeff Daniels, Kristen Wiig e Michael Peña.

Não é meu estilo de filme mas achei a história muito interessante e bem trabalhada. Atuações impecáveis, fotografia legal. Tudo muito bem feito. Deve ter custado uma fortuna fazer esse filme rs

Moana: Um Mar de Aventuras (Moana)

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Moana Waialiki vive seus dias na pacata ilha onde o pai é chefe da tribo. Mas a ilha não está mais oferecendo frutos, o mar está sem peixes e Moana percebe que terá que enfrentar o pai e os corais para trazer de volta a abundância para seu povo. Com (vozes) Auli'i Cravalho,  Dwayne Johnson e Nicole Scherzinger.

Não estava dando nada pro filme mas acabou sendo interessante. A história é bonitinha e tem uma protagonista forte que nos ensina a buscar o que acreditamos, independente do que os outros falam. Recomendo!

Hoje fazem nove dias que mudei de endereço. No momento em que escrevo essa postagem, ainda não temos água nem internet. Ir no banheiro é com baldinho. A casa está toda suja e a cada dia tentamos limpar um cômodo. Tem cheio de cachorro molhado por toda parte, inclusive em nossa pele. Lika ainda não se acostumou com a casa nova e só está beliscando a ração.

Sala vazia da antiga casa. Detalhe para a árvore que construí com meu irmão.

últimos dias no meu querido quarto ♥

O armário não tem cupim. Tem dois lances de escada. O quarto tem carpete cor de verde musgo. A janela da sala dá pra igreja. Os vizinhos já nos cumprimentaram. Já esqueci seus nomes. A pintura foi feita, em partes. O banheiro está sujo. Fede. A cozinha não existe. A copa está na sala. O computador já está instalado e funcionando (sem internet, claro). Mas já dá pra editar umas fotos ouvindo as músicas salvas no hd. A tevê não funciona, mas a geladeira sim e está cheia de cerveja e Coca-Cola.

o que o pinterest não mostra.

primeira noite na casa (antiga) nova.

Ajeitando aqui e alí, a cada dia a gente tenta deixar esse novo cantinho com cara de lar. O clima ainda é estranho. Não tem rotina certa. As coisas estão espalhadas, perdidas em caixas plásticas de feira ou sacolas de mercado. Todo dia a gente sobe e desce as escadas com baldes de água. O microondas já funciona, mas a cozinha ainda cheira a barata. Como você pode perceber, a casa é antiga, mas pra gente é nova.

Sobrevivendo ao Natal (Surviving Christmas)

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Na época de Natal e sozinho, Drew decide visitar sua antiga casa de infância. Lá ele conhece o patriarca Tom Valco e faz uma proposta: pagar uma enorme quantia em dinheiro para os Valcos recriarem seu Natal em família. Com Ben Affleck, Catherine O'Hara, Christina Applegate, James Gandolfini e Jennifer Morrison.

Tem cara de Sessão da Tarde nostalgia. Bem legal pra entrar no clima natalino.

Minha Mãe e Eu (Mothers and Daughters)

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O filme conta várias histórias sobre a relação de mãe e filha. Entre elas, da fotógrafa Rigby Gray, que durante um exame de rotina descobre que está grávida. Com Susan Sarandon, Christina Ricci, Sharon Stone, Courteney Cox, Paul Wesley e Selma Blair.

É um filme bonitinho. Faz nós mulheres pensarmos sobre a relação com nossas mães e sobre sermos mãe.

Um Amor ao Acaso (All's Faire In Love)

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Will é jogador de futebol americano e Kate é uma bancária. Os dois são bem diferentes mas acabam se conhecendo na feira medieval e se apaixonando. Com Christina Ricci e Owen Benjamin.

Comédia romântica bem boba que até eu não gostei. É óbvio demais e as cenas são bem sem graça. Tem filmes bem melhores dessa temática, pode procurar!

Assassinato no Expresso Oriente (Murder on the Orient Express)

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Durante uma viagem no luxuoso trem Europeu, o detetive belga Hercule Poirot se vê diante de um assassinato onde todos os passageiros parecem culpados. Baseado no livro de Agatha Christie. Com Kenneth Branagh, Johnny Depp, Josh Gad, Judi Dench, Michelle Pfeiffer, Penélope Cruz e Willem Dafoe.

Era um filme que eu queria muito assistir e consegui ver no cinema! Mas não gostei da construção do Monsieur Poirot. No comecinho ele estava bem parecido com o que eu imaginava nos livros (quando ele pisca para o garoto no café da manhã), mas logo mudou. Ele ficou agressivo, chato e de repente virou tipo um Indiana Jones que entra em ação. Pelo menos pra mim, esse não é o Poirot. Vamos ver como será a continuação em Morte no Nilo.

Ah e uma curiosidade é que o ator Kenneth Branagh, que faz o detetive belga, é também o diretor do filme.

Antes Que Eu Vá (Before I Fall)

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Samantha Kingston é uma típica adolescente que passa seus dias entre amigas, enfrentando aulas chatas e evitando contato com seus pais. Voltando de uma festa, um caminhão bate em seu carro e ela acredita estar morta. Até acordar na manhã seguinte e perceber que está vivendo o mesmo dia outra vez. Com Zoey Deutch, Cynthy Wu, Elena Kampouris, Halston Sage, Logan Miller, Medalion Rahimi e Taylor Russell.

É um daqueles filmes que tenta fazer a gente refletir sobre nossas ações. Mas achei todo o enredo meio batido, falando de bullying, de não dar valor à família. Acho que ficou faltando algo. Do resto achei ok.

Eu sei que ando bem depressiva e só tenho falado como os meus dias têm sido ruins. Mas esse mês as coisas melhoraram! Fevereiro foi um mês bom. Depois de muito tempo, eu finalmente consigo sorrir quando penso na minha vida. Hoje eu consigo me animar com o futuro. Consigo reparar mais nas coisas boas do que nas ruins. Não que eu não reclame (estamos trabalhando nisso), mas eu diria que "reclamo, logo esqueço". As coisas ruins já não me afetam tanto e por tanto tempo como antes. Me sinto mais leve e isso já é mais que o suficiente!

viciei de novo no chá. deixei o chocolate quente de lado por tempo indeterminado.

cara de coitada, depois de me arranhar...

feliz por ter voltado a usar esse bichinho!

Esse mês saí um pouquinho mais de casa pois estou ajudando a organizar o chá de cozinha da minha prima. Eu adoro sair com as minhas primas pra tomar um café e conversar sobre a vida. Sinto que elas me entendem e não me julgam.

minha vingadora favorita ♥

Percebi que desacostumei a sair socialmente. Nossa como é cansativo! Não sendo blasé, literalmente! Nosso último encontro foi numa cafeteria tranquila mas acabei saindo de lá tonta. Talvez seja porque estávamos resolvendo os assuntos de um evento de certa importância, mas quando eu cheguei em casa, só consegui deitar e ficar um tempo refletindo, tentando ingerir toda a informação daquela tarde. Fraca eu? Imagina!

Teve uma viagem pra Minas Gerais (pra variar) no feriado do Carnaval. Os quatro dias foram regados de MUITA comida boa, jogos de baralho, fotos no meio do mato e conversas aleatórias gostosas de ouvir e se intrometer.

estreando minha mochila nova ♥

Esse mês consegui meditar praticamente todos os dias. Só dois dias não consegui, porque estava viajando. Mas não percebi muita diferença. Pra dizer a verdade não percebi diferença nenhuma. Mas vou continuar tentando, mesmo que eu não consiga manter uma rotina.

Fora isso eu ando editando fotos no lightroom (ainda te amo mais photoshop), comendo porcarias, engordando e usando meu tempo livre pensando numa forma pra emagrecer dormindo. No mais, é trabalho, casa e cama.


Aqui no blog teve Filmes Assistidos, um Lookbook no meio do mato, um Life In Pieces bem aleatório, um desabafo sobre Crise Existencial e o Resumo de Janeiro sem vídeo, porque foi um mês brabo.

Olá pessoas que acompanham esse humilde blog e estão com saudade do #100em1. Hoje a postagem é pra você que gosta de conhecer novos lugares aos olhos de desconhecidos. Quarta-feira (28) fui com minha prima numa lanchonete bem estilosa no Cambuí. A decoração, como o nome sugere, é toda geek, cheia de referências de desenhos, filmes e séries.





Nosso pedido foi o lanche Bazinga! que era feito com pão australiano, queijo, bacon, molho de mostarda e mel e picles. Não lembro o valor exato mas era cerca de 32 contos. Como acompanhamento pedimos uma porçãozinha de batata e outra de cebola frita (recomendo muito a cebola!). Pedindo o lanche, a porção sai por 5 contos. Mas teoricamente só vale 1 porção por lanche. Mas a atendente foi legal e fez os dois! Como a gente não come muito, dividimos tudo. Mas o lanche é bem generoso!


Pra beber, pedimos chá de framboesa e cranberry. Mas achei meio estranho porque era com gás (?). Mas estava delicioso, bem docinho!


Além de servirem lanches, eles tem uma lojinha cheia de bonecos estilo Funko Pop e outras relíquias lindas, como os Cavaleiros de Ouro (dos Cavaleiros do Zodíaco), canecas, camisetas de séries, decks de Magic e outras coisinhas que eu provavelmente não sei o nome.

para o delírio dos fãs de GOT, como bônus, tem essa cadeira pra tirar foto!

YOOU GEEK
Rua Olavo Bilac, 142 - Cambuí, Campinas - SP
(19) 3251-5667
http://yoougeek.com.br/

Nota importante: esse não é um passo a passo de como ter um armário minimalista. É somente um depoimento de como EU aderi partes do conceito (armário cápsula ou minimalista) para deixar meu guarda roupa com menos peças, mas que eu realmente usasse.

Minha ideia geral era ter um armário razoavelmente compacto com roupas, acessórios e sapatos que combinassem entre si, que eu me sentisse confortável em usar e que se adequassem ao meu dia a dia. Pra ajudar, criei uma paleta de cores para usar como referência e um questionário para usar durante a minha triagem das peças que eu tinha. As perguntas eram essas:

• Me sinto confortável com essa peça?
• Está em bom estado ou posso consertar facilmente?
• Essa peça é diferente das outras (não tenho outra peça parecida ou igual)?
• Faz parte da minha paleta de cores?
• Tenho 2 ou mais combinações com essa peça?

Se todas as respostas acima fossem sim, eu continuava com a peça, senão eu colocava numa sacola para doação. Só exclui as roupas de festas desse questionário. Tanto roupas íntimas, meias, meia-calça, calçados, acessórios e até maquiagem eu usei partes do questionário (não usei a paleta de cores para roupas íntimas, por exemplo). É importante sim ter bom senso, mas não ter dó. Dá muita vontade de deixar aquele vestido lindo, que você pagou caro, mas que nunca usa pois não se sente confortável. Ou aquele casaco ganhado que você nunca usou porque não encontra combinação.



Uma coisa que eu percebi é que existem roupas e sapatos lindos, maravilhosos mas que simplesmente não combinam com o seu estilo e modo de vida. Não adianta você comprar um sapato de salto alto digno da Cinderela se você não se sente confortável usando salto e nem tem onde usá-lo. Ou comprar aquela blusa que combina perfeitamente com o seu estilo, mas que você não se sente bem usando. Eu já cometi muitas vezes esse erro de comprar uma peça só porque era bonita e estava barato (ou não).

Por fim, juntei 3 sacolas de roupas e sapatos pra doação. Minha tia até conseguiu vender algumas pra mim! Meu armário ficou bem vazio. Sobraram vários cabides. Me senti mal por ter doado várias peças pois algumas eu usava diariamente, outras estavam novinhas... mas tive em mente que foi para um bem maior. Ainda tenho algumas peças que quero descartar pois não me sinto muito confortável e são parecidas com outras. Mas como sobraram poucas roupas, acabei ficando com elas pra ir trocando enquanto for comprando. Nas semanas seguintes, fui montando uma lista de compras com peças que eu sentia falta. Especificava a peça, às vezes o modelo (como uma calça skinny) e a cor.


Depois desse destralhe, fui algumas vezes fazer compras e percebo como estou mais crítica perante as peças. Levo pouquíssimas roupas ao provador e quase sempre saio sem levar nada rs. Mas acho que é um bom sinal. Minhas últimas aquisições foram duas calças jeans que eu estou amando! São super confortáveis e eu consigo usar com praticamente todas as blusas que tenho. É maravilhoso!

Acho que o importante não é se adequar cegamente a uma referência que você viu por aí, mas adequar essa ideia a sua vida. De uma forma possível, que você realmente acredite que irá contribuir para a sua vida.

Já faz um tempinho que eu queria sentar e conversar mais sobre esse assunto que anda tão presente na minha vida. É estranho como tem certas coisas que só quando você passa, realmente entende. A crise existencial é uma delas. Eu já tinha escutado e imaginava o que era e qual era o sentimento. Mas só passando por ela eu realmente fui perceber como esse negócio é, no mínimo, desconcertante.

Eu tenho passado por crises há alguns anos. Cheguei a comentar nesse texto sobre as crises de idade, fechamento de ciclos e outros tópicos que acredito que interfiram nas crises da vida que passamos. Talvez eu tenha passado por todas elas num curto período que somando, viraram anos. Portanto não sei categorizar com exatidão cada tipo de crise, qual passei ou ando passando. Mas eu gostaria de documentar minha experiência com essa fase e talvez ajudar alguém que esteja passando pelos mesmos problemas.

Eu nunca soube o que fazer da minha vida, mas há dois anos eu tenho me sentido muito mais perdida. Talvez pela pressão da idade avançando ou por estar estacionada no mesmo lugar desde sempre. Mas eu me sentia ainda mais sem rumo. Sem ideia alguma do que fazer da minha vida. E eu achava que só eu era assim, que eu tinha algum problema porque os outros estavam indo bem. Se casando, construindo seus lares, tendo filhos e um bom emprego. E eu não tinha nada. Era uma coitadinha que não tinha e não merecia nada. E eu sabia que não merecia porque eu não agia. Só reclamava de mim mesma, dos outros, das condições, do clima, do país. Acho que meu fundo do poço veio quando eu desisti. Estava crente que eu não tinha mais solução e essa era a vida que eu merecia. Essa seria a minha vida pra sempre.

Aí comecei a me fechar, sentia palpitações, tonturas e não falava mais que o necessário. Principalmente com pessoas próximas. Eu voltava todos os dias do trabalho e me trancava no quarto e ficava deitada, sem vontade de fazer qualquer coisa. Os finais de semana não eram mais divertidos. Eu ficava em casa, deitada sem saber o que fazer.

Eu não sei exatamente o que me fez melhorar. Talvez as inúmeras tentativas de meditação, os textos escritos em diários, as inúmeras postagens depressivas apagadas, a desenfreada procura sobre o assunto, a tentativa de fazer coach, as diversas noites chorando sem motivo aparente, o constante sentimento de tristeza em todas as manhãs de um novo dia. Talvez eu tivesse que ter passado por tudo isso. Mas eu acho que só melhorei quando eu comecei a falar novamente. Conversei bastante com minhas primas, minha irmã, meu pai e na hora foi doloroso. Eu só chorava, nem conseguia falar o que eu queria. E é vergonhoso se abrir dessa forma. Reconhecer pra você mesma que está passando por problemas e que precisa de ajuda. Na hora só dói. Você tem vontade de se trancar no quarto e nunca mais sair. Mas o tempo passa e aquela ferida que você cutucou durante a conversa começa a melhorar.

Não digo que estou 100%, mas já estou bem melhor! Continuo sim com os meus dilemas, mas eles não me assombram mais a ponto de me sentir infeliz com a minha vida. Antes quando eu pensava nisso eu me sentia angustiada, com medo de que nada mudaria. Hoje eu literalmente sorrio porque me aceito do jeito que sou e acredito em mim mesma.

Durante essa fase procurei vários textos e vídeos sobre o assunto e na maioria deles falava pra gente ficar tranquilo porque todo mundo passa por isso. E por mais irritante que isso possa parecer, é a mais pura verdade. O que me ajudou foi ouvir de alguém próximo que isso é normal. Que ela mesma já havia passado e que outras pessoas também já passaram. Acho que a primeira coisa que a gente faz quando está mal é se fechar. Mas por mais que doa (porque dói mesmo), não deixe isso te consumir. Se abra com alguém próximo e eu tenho certeza que ela vai te entender, vai te apoiar e vai te ajudar a passar por isso. E só com esse apoio você vai melhorar e vai conseguir ver o mundo com outros olhos. Você vai realmente perceber que não está sozinho. Você vai voltar a ter amor-próprio e com isso vai perceber que esse mundo é cheio de oportunidades e que você pode fazer qualquer coisa.