créditos

Lembro que era um dia ruim. Por dentro eu estava despedaçada, sem rumo, sem perspectiva. A gente se esbarrou. Isso mesmo, bem clichê, coisa de filme bobo. Você me dizia umas frases sem nexo e, enquanto eu tentava responder coerentemente, eu observava todo o seu rosto, sua feição, suas roupas, seu tênis, suas bochechas quando você sorria e aguardava a minha resposta. E foi assim que você me chamou pra sair. E mesmo com medo de ser raptada e esquartejada, eu aceitei. Me senti a pessoa mais estúpida do mundo por sair acompanhada de um desconhecido que esbarrei no mercado. Pensei seriamente em voltar correndo pra dentro e pedir ajuda a atendente do caixa, mas com certeza eu me sentiria ainda mais estúpida. Estupidez. É quando a gente age sem pensar direito ou sem pensar em nada. É quando a coisa dá errado porque a gente agiu por impulso. Mas, ao menos dessa vez, essa palavra se tornou a melhor coisa eu já fiz, provavelmente, na minha vida. Teve um bocado de histórias nesse meio, mas o tempo passou, e cá estamos nós, almoçando num restaurante ao ar livre na Tailândia, tentando decidir o destino da nossa próxima viagem juntos. Unidos. Como eu nunca imaginei nos meus sonhos mais loucos. A gente se completa e, desculpem a sinceridade, mas é a coisa mais legal do mundo!


Perguntas randômicas pra você responder nos comentários:

• Você já pensou em ser astronauta? Algum motivo em especial?
• Você gosta (tem paciência) de ler esses contos? Se não gostar, escreva a palavra mágica "abacaxi".